As causas da longevidade de uma espécie animal nem sempre são fáceis de explicar: pelo menos em parte, sabe-se que ela é geneticamente determinada, enquanto que, por outro lado, ela depende das características do meio, da história de vida do indivíduo,dos recursos disponíveis, etc.. A idade da morte de cada indivíduo de uma população varia bastante. Muitos morrem nas fases iniciais do ciclo de vida, que normalmente é bastante crítica, enquanto que outros vivem além do esperado para aquela determinada espécie. Neste texto, utilizaremos a palavra longevidade, de uma espécie em particular, referindo-se à expectativa de vida dos indivíduos de uma população como um todo, desconsiderando-se aqueles que morrem nas fases juvenis, por acidente ou por predação, e, também, em alguns casos, a registros conhecidos de animais que atingiram idade avançada.
O tempo de vida dos animais varia muito de espécie para espécie. De forma geral, organismos ativos vivem menos tempo do que os organismos pouco ativos; os menores vivem menos que os maiores, apesar de que isso não pode ser considerado como uma regra geral. Alguns animais, como certos insetos, possuem a vida adulta muito breve, dedicada praticamente apenas à reprodução. A efémera madura, inseto comum em corpos de água doce, não se alimenta e vive de 30 minutos a algumas horas, dificilmente ultrapassando os 3 dias. A sua fase imatura na forma de ninfa, entretanto, pode durar até 3 anos. Por outro lado, indivíduos de algumas espécies podem reverter seu ciclo de vida retrocedendo da vida adulta para a fase imatura e, então, tornar a se desenvolver novamente em adultos, por períodos de tempo indefinidos. Esse é o caso dos hidrozoários marinhos Turritopsis dohrnii e Laodicea undulata por exemplo, mas ainda não se sabe quantas vezes eles podem fazer isso e nem quanto tempo viveriam. Em princípio, se o processo puder se repetir indefinidamente, eles seriam “eternos”.